sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sobre alguma dor



Durante todo esse tempo pensei nas possibilidades de te ter como uma constante de dezembro a dezembro. Sem pausas. Talvez fosse para ser assim. Só que não. Ao menos para mim, hoje.
Fraquejei na maioria das horas, o que resulta nesse monte de palavras em descompasso sem freio. São encravos, sabe. E embora eu esteja convicta que minha perspectiva a cerca do assunto tenha mudado, apesar de me encontrar terrivelmente fragmentada há dias, sinto que preciso de algo seu. Só um rastro.
Repito para mim, quantas vezes preciso for, que tu não tens domínio sobre essa mente teimosa [em alçar vôo]. Numa de nossas conversas, algumas das, cheguei a ter uma centelha de verdade sobre a companhia que eu teria em meus dias mais cruciais. Ou sou muito cega, ou você, com todo esse poder-que-vem-não-sei-da-onde, fez o que eu já pressentia. As pessoas se desgastam. 
Não te dou a atenção que você mendiga, mas te doi um "oi" para não colocar em jogo uma educação moldurada desde berço, e também para avisar que embora te negue inteiramente, eu sei que você me ensinou a ter um pouco mais de disciplina.

[T.A]
myself control.
sem extremos.
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ds,Cuido




Sempre fui desses que inventa, sobrepõe, se afigura em nova capa para manter a lamparina acesa, para não perder de vista, para não esquecer das flores.
Desses que gosta de colorir as horas porque as coisas se tornaram mecanizadas, deveras. [sem extremos]
No descuido tudo pode parecer vazio.
No descuido, os copos sempre são meio-cheios, a segunda-feira só guarda tédio e dia de domingo não tem parque.


..passarinhos na orquestra, riso de menina aserenando visita de bem-te-vi, bem-te-quer.

Hoje queria falar coisa bonita em alto e bom tom, e mais uma vez, só consigo sussurrar baixinho no coração de quem sabe ouvir. 

des 
Cuido
sem prefixo.
Melhor assim.

auroraboreal,

sexta-feira, 1 de junho de 2012

"E tudo que eu amar, vai encontrar de alguma forma, os vestígios desse perfume de Deus." (Ana Jácomo)

sábado, 7 de janeiro de 2012

Semeando


" Uma flor em cima do meu sapato sujo.
Vou andando com meu coração leve. "



Eles correm numa pressa e eu não sei onde essa pressa vai dá.
Recuso, faço hora, quase a soletrar o prolixo discurso de uma tartaruga: "Oi?"
Observo da janela a frustração dos que procuram, procuram
E esquecem.
Pelo visto algo deve encantar. [ou não]
Por um minuto.
Um segundo talvez.


Somente observo .


Vim me recompor.
Compor uma melodia que não ameace meus ouvidos nem os seus.
Alí.
Aqui.
Onde tiver poeira estrelada ou estrelas empoeiradas.
Não importa a ordem dos sorrisos.
Minha respiração embaça o vidro do carro
E já começo os rabiscos
Letras soltas, pensamentos convincentes e
O cheiro de alecrim...
a l e c r i m
d o u r a d o
Me avisa o quanto as outras coisas são as outras coisas.

Que sejamos doce,