quinta-feira, 29 de setembro de 2011

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"O que se perde enquanto os olhos piscam?"


"São Longuinho, são Longuinho
Me fale me dê um sinal!
São Longuinho, são Longuinho
Pra onde foi?
A coragem do meu coração!"

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Luzir

"Não me furto a certeza:
És a Vida que eu quero." (Palavrantiga)


Perguntei a mim mesma o que eu via alí dentro para fazer-me sorrir assim.
Obtive respostas imediatas.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Apenas


Tinha a mudez como companhia
E vestia-se de poesia para o
Cotidiano não aniquilar
Seu viver pulsante
Era verso preso
E solto dentro dela
E solto onde quisesse
Longe de ser cenário
Era o mundo que ela mais amava

sexta-feira, 16 de setembro de 2011



Ela se esforçava ao máximo para deixar tudo fluir, todas aquelas coisas que lhe garantiam segurança e guardavam boa parte dela. O seu caminhar estava diferente, assim como suas observações interiores. Parecia que tudo em volta ganhava novas formas, novos motivos, porque ela se exigia cada vez mais e seus critérios subjetivos (de escolher o que queria para si) nos olhares e em cada gesto feito, ficavam mais rigorosos - disciplina necessária quando se trata em elevar sua alma para vigiar a ordem de seus pensamentos.
Até o chá de qualquer hora e de qualquer sabor, não era mais feito de qualquer maneira. Ela aprendeu com seus novos olhos, que até os minutos gastos desde sua vontade em fazer um simples chá até o armário de madeira na cozinha, precisariam de nobreza para não se deixar levar por pensamentos que sempre vêm ao nosso encontro quando nos distraimos ou não nos importamos com a vigilância.
De certa forma, essas loucuras sãs contribuiam para o afastamento das pessoas (ditas comuns) que não se interessavam por aquilo que prendia a atenção dela, mas isso nunca a incomodou. Porque aprendeu a viver um mundo que lhe fazia brotar sorrisos na alma; sorrisos não perecíveis. E quando alguém quer ter sua companhia, é porque o sentido de pequenas coisas ainda importa. - venhamos e convenhamos, para o mundo ela se tornava mais uma sem-graça. Mas para Deus, ela começava a brilhar um pouquinho mais...
As miudezas, outrora dispercebidas à sua volta, eram cada vez mais nítidas no ambiente. E ela só se deu conta disso, quando passou a apreciar os silêncios ao invéz de barulhos que lhe agrediam; a conversar com Deus porque sentia que só Ele conhecia a fundo um coração bobo e cheio de amor; a estender a mão para ajudar e não para aprisionar uma alma. Por vezes era difícil seguir assim, mas sabia que seu coração tinha feito a escolha certa.
As coisas [in]visíveis prendem mesmo sua atenção, mas elas não vivem isoladas, imunes a tudo. Por isso, depois de uma reforma íntima lapidada em silêncio todos os dias, aprendeu que unhas e dentes não é a melhor forma de lutar, mas sim, vestir-se de e muito, muito amor.
Tudo em volta parece quieto quando a alma se aserena e a visão de mundo ganha amplidão...ganha sentido.


"Conhece-te a ti mesmo, ó linhagem divina vestida com trajes  mortais."
(Marsilio Ficino)

chá verde numa caneca do projeto T'amar ;

domingo, 4 de setembro de 2011

Relevância




Doces plumas
esmagam
o deletério
Uma alma
em deleite
que se lambuza
na lama
feita
de sonhos
Onde a poesia
tudo fala
E o tudo
está em mim
Um
mim
maior


ouço som de passarinho vindo do pergolado,
deve tá rindo de mim pelo cabelo assanhado.

Que sejamos doce ,